Quero colocar aqui uma questão sobre
"O Estruturalismo Processual".
Certa vez eu li um artigo muito
interessante do biólogo Stephen Jay Gould, no livro "Darwin e os grandes
enigmas da vida" - do inglês 'Ever since Darwin' - em que ele fala das
limitações de nossa estrutura óssea conforme a nossa massa corporal. Diz ele:
"... Nossas habilidades e comportamento estão perfeitamente em sintonia
com nosso tamanho. Não podemos ser duas vezes mais altos do que somos porque a
energia cinética de um tombo seria de 16 a 32 vezes maior e o simples peso do
corpo (aumentado 8 vezes) seria superior ao que nossas pernas poderiam
aguentar. Gigantes humanos de 8 ou 9 pés (entre 2,43 m e 2,74 m) ou morreriam
jovens ou ficariam aleijados cedo em virtude de problemas nas juntas e nos
ossos".
Na verdade nossa massa cresce em três
dimensões, comprimento, largura e altura, e a área dos ossos cresce na razão
quadrática, em área, ou seja, mais devagar relativo a nossa massa. E vale
lembrar que o homem mais alto do mundo que já existiu, Robert Wadlow
(1918-1940), dos EUA, tinha 2,72 m e precisava, muitas vezes, de muletas e
possuía pouca sensibilidade nas pernas e nos pés. Realmente temos, segundo o
artigo de Gould, um corpo com alturas médias corretas para as nossas massas e
estruturas ósseas.
Stuart Kauffman possui quatro livros sobre
o assunto, ainda em inglês, e não tive a oportunidade de ler nenhum. De
qualquer maneira fiquei curioso em colocar aqui esta questão para todos os que
se interessarem dessem uma olhada:
A seleção natural já engloba esse tipo de
situação ou ela age sendo restringida por leis das formas? Se engloba, é
absoluta e Kauffman estará errado.
Bibliografia:
1 - GOULD, Stephen Jay. Darwin e os
grandes enigmas da vida. São Paulo: ed. Martins Fontes, 1992. 2ª edição. 276 p.
(p. 177) - Capítulo 6 - Tamanho e forma, de igrejas a cérebros e planetas -
Sub.: 22 - Medindo a inteligência humana: Parte A - Corpos humanos. p. 175.
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